sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

L. J. Smith fala a respeito de seu novo livro



Pelo visto, a autora de Diários do Vampiro decidiu sair do mundo sobrenatural, onde vampiros, bruxos e lobisomens vivem entre nós, tentando viver uma vida pacata e fazendo de tudo para que suas verdadeiras identidades não sejam reveladas ao mundo.
The Last Lullaby (A Última Canção de Ninar, em uma tradução livre), o mais novo trabalho da autora, passa em um mundo pós-apocalíptico, onde dragões são os grandes senhores do mundo e duas garotas — totalmente distintas — tendem a provocar uma revolução. Vejam abaixo um pouco mais sobre essa intrigante história, em uma entrevista que a autora concedeu aos seus fãs.
Qual é o título provisório do seu livro?
Começou como Brionwy’s Lullaby, mas como nem todos sabiam pronunciar o nome Brionwy, então decidi mudar para The Last Lullaby.
De onde surgiu essa ideia?
Aconteceu em uma manhã, no qual eu pensei que eram apenas lembranças de um sonho. Havia um monte de personagens desorganizados, cada um com um tipo de habilidade (o que poderíamos chamar de incapacidade): como a Crispy, a garota com cicatrizes de queimaduras que cobrem metade de seu corpo, ou a Velha Inútil, uma senhora que não contribui em nada para o bem estar da turma — ou será que suas profecias têm algum significado? E então, há aqueles que são o contrário dos desajustados que passam fome: as Belas, como a Brionwy, de cabelo loiro-avermelhado, e a maravilhosa Melisande, de pele cor da noite, no qual vivem como cortesãs no harém de Lord Overseer Rajan. As Belas têm todo o tipo de luxo, mas elas são como pássaros engaiolados: são livres para fazer qualquer coisa, menos escapar da Grande Casa de Darkhemen. Então, comecei a me perguntar o que aconteceria se Brionwy, de dezessete anos, encontrasse Crispy através de um buraco na parede do harém…
Acidentalmente, a história começou como um sonho que Sarah Strange teve, em Strange Fate (da sérieMundo das Sombras), mas rapidamente floresceu em uma história de rebelião, um romance tão grande que superou as barreiras de sonho e se tornou um livro próprio.
Qual o seu gênero?
Fantasia para jovens adultos/Fantasia para adultos. Eu pensei muitíssimo em colocar este como meu primeiro livro para adultos. Mas a maioria dos personagens estão na fase da adolescência, então acabei decidindo que ficaria melhor como para jovens adultos. (Tenho muitos leitores que já são adultos, de qualquer forma.) Deixe-me acrescentar que esse livro é muito mais para adultos do que para jovens — algo mais profundo e ousado.
Quais atores você imagina na sua cabeça, caso houvesse uma versão para as telonas?
Ah, é aqui que a minha falta de conhecimento sobre televisão pega. Eu gostaria que alguém usasse o mesmo tipo de tecnologia usada no filme Avatar, onde Brionwy pudesse ser interpretada por uma versão de dezessete anos da Julia Roberts.
Quanto aos outros, eu gostaria que Samuel Jackson interpretasse Aaron Delmar Anderson, o sábio líder da resistência que cria seres humanos em um curral para alimentar o Grande Mestre dos Dragões — mas ele teria que voltar a ter vinte anos.
Então, há o vaidoso e sensual Lord Overseer que, por meio de uma redução de idade computadorizada, poderia ser interpretado pelo ator britânico Edward Petherbridge, com toda a sua fantasia de Lord Peter Wimsey: monóculo e tudo mais.
Qual seria a sinopse do seu livro?
Quando Brionwy, uma instrumentista de alaúde e cortesã de um harém, conhece Crispy, uma selvagem sagaz e desonesta, a sinergia resultante abala os fundamentos do mundo infernal em que vivem, enquanto as duas criam um grupo de resistência para ajudar Junhee, uma lutadora do grupo Phoenix Way Fighter, que fora escolhida como sacrifício virgem para o Grande Mestre dos Dragões que governa a Terra.
 O seu livro será publicado independentemente ou será representado por uma agência?
Tenho a grande honra em dizer que sou representada por John Silbersack, da agência Trident Media Group, e que The Last Lullaby foi aceito por Margaret Ferguson Books, da Farrar Strauss and Giroux Books para jovens leitores. Não estou certa da data de publicação, mas comentarei a respeito assim que tiver certeza.
Quanto tempo demorou para escrever o primeiro manuscrito?
É difícil dizer, já que tudo começou como parte de Strange Fate. Com certeza mais de um ano, enquanto ainda trabalhava junto com Strange Fate. Até agora, The Last Lullaby tem cerca de 150.000 palavras (cerca de 670 páginas), mas ainda passará por processo de edição.
Quais outros livros você compararia com a história do seu?
Eu acho que podemos dizer que há pitadas de O Príncipe e o Mendigo, e Crispy com certeza está em grande débito com o bem-renomado Dreamsnake, livro de Vonda McIntyre. Eu tentei muito evitar muitas similaridades entre The Last Lullaby e o mundo fascinante de dragões criado pela falecida Anne McCaffrey, mas acho que todos os viciados por dragões devem algo a ela.
Quem ou o que a inspira?
Bem, este livro seria apenas mais uma história de vampiros se não fosse o meu agente John Silbersack. Ele me ajudou de tantas formas para torná-lo em uma fantasia mais forte, coerente e lógica que eu nunca serei capaz de agradecê-lo o bastante. E depois, há minhas musas, críticas e amigas de debate, como Christina e Julie. Tenho de acrescentar que costumo escrever sob uma certa música assustadora chamada Arcádia, feita por Kevin Macleod, da Incompetech. A música pode ser ouvida na página inicial do meu website, sendo tocada quase que imediatamente para você.
O que mais pode despertar o interesse do leitor?
Concubinas virgens (exemplos de mulheres fortes que eu jamais vi na vida), um elenco multi-cultural, dragões devastadores, um diário proibido cheio de segredos terríveis, sonhos proféticos, escravos que precisam ser espertos em um mundo que fora mudado para sempre pelos Mestres, um pouco de magia branca, e canções de ninar que farão você se arrepiar. Há também testes de resistência, hierarquia, consciência e tempo, assim como um pouco de orgulho e preconceito.

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